domingo, 3 de agosto de 2014

Avaliação da função renal 
 Relação Proteína/Creatinina Urinária

Os rins têm como funções filtrar o sangue e excretar resíduos provenientes do metabolismo corporal; reter os nutrientes necessários ao organismo; manter o equilíbrio ácido básico e a produzir e liberar hormônios fundamentais no controle da pressão sanguínea sistêmica e na produção de hemácias. Sendo que a realização dessas funções depende da funcionalidade dos túbulos e do controle de excreção dos produtos finais metabólicos pelos glomérulos.
Para avaliar a função renal, as dosagens de uréia e creatinina no soro, são muito utilizadas, sendo que estas concentrações só apresentam alterações quando 75% ou mais dos nefróns já foram lesados, permitindo somente um tratamento paliativo e sintomático do animal.
Sendo assim o diagnóstico precoce de lesão renal é fundamental para evitar um agravamento da lesão, e para isso o teste da Relação Proteína/Creatinina Urinária (RPC) é de extrema importância, já que essa relação se altera quando 25% dos nefróns estão acometidos, oferecendo ao clínico a oportunidade de alterar o curso da doença renal aumentando a qualidade e expectativa de vida do animal.
A proteinúria é um indicativo do grau da doença renal, como também o causador de patologias renais. Ela pode ter origem pré renal (hipertensão, hemólise), renal (alterações glomerular, tubular ou intersticial) e pós renal (hemorragia ou inflamações), sendo importante essa diferenciação tanto para o diagnóstico quanto tratamento.
A interpretação da Relação Proteína/Creatinina Urinária faz-se da seguinte forma:
RPC<0,5 é considerada normal;
RPC entre 0,5 e 1,0 questiona-se proteinúria renal;
RPC>1,0 indicativo de proteinúria renal.


Para a realização deste exame a amostra coletada deve ser de 5 ml ou mais, depositada em um frasco de urina, obtida por sonda ou cistocentese e enviada no mesmo dia para o laboratório de forma refrigerada. 


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